quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Customização de motocicletas - cuidado!

É notório que muitos motociclistas gostam de customizar suas motos. Tem até tipo de motos denominadas Custom, exatamente para isto (para serem modificadas). Existem também várias oficinas especializadas em modificações de motocicletas.

A questão é: estas modificações alteram ou não as características de fábrica? Precisam de autorização para serem feitas?

As alterações de características de fábrica são permitidas por lei (art. 98 do CTB). Todavia, há regras, limitações, proibições taxativas e algumas que precisam do Certificado de Segurança Veicular (CSV), emitido por organismo acreditado pelo INMETRO, de forma a demonstrar que não compromete a segurança, nem do condutor nem dos demais usuários das vias.

Exemplo de proibição em motocicletas: na troca da suspensão, é proibida a utilização de sistema com regulagem de altura!

A maioria destas regras, limitações e proibições estão contidas na resolução n° 292/2008, do CONTRAN e na Portaria que ela menciona. 

No geral, as modificações precisam de autorização prévia do órgão de trânsito e anotação das alterações no CRLV (documento verde de porte obrigatório). 

O detalhamento do que é necessário está na Portaria n° 159, de julho de 2017, do DENATRAN, que entra (entrou) em vigor no dia 1º de setembro de 2017. Consta da portaria, que, para sua edição, foram levados em consideração estudos realizados pela Câmara Temática de Assuntos Veiculares e, curiosamente, pela Associação dos Fabricantes de Motociclos.

No que se refere especificamente às motocicletas, devem se atentar que modificações do sistema de sinalização/iluminação, de espelhos retrovisores (ver Res. 682/17 do CONTRAN - links no final), guidão, de suspensão e assento, que alteram visualmente o veículo, necessitam do CSV. 

Quanto ao guidom, tem até figuras, na resolução, mostrando as limitações:

A dúvida tem sido mais frequente em relação aos faróis auxiliares. Sejam eles instalados pelo proprietário ou originais de fábrica.

Numa leitura atenta dos dispositivos, verifica-se que, tanto a Portaria 159/17 quanto a resolução 292 se referem à modificaçãoalteração ou inclusão de alguns componentes. 

Relativamente à inclusão de componentes, temos somente a referência a inclusão de dispositivo para transporte de cargas e de sidecar! Nada fala sobre a inclusão de faróis auxiliares (fonte luminosa). 

incluir é diferente de modificar (ou alterar). Incluir significa inserir, integrar, incorporar. Modificar significa adulterar, alterar, trocar, converter, transformar.

Quanto à inclusão de fontes luminosas (onde se inserem os faróis auxiliares), o inciso V do art. 8° da Resolução 292/08 é taxativo, no sentido de ser proibida, apenas, a instalação de fonte luminosa de descarga de gás. Por exemplo, lâmpadas xenon. Excetuando-se a substituição em veículos originalmente dotado deste dispositivo.

Importante observar que, a resolução que trata do sistema de iluminação/sinalização dos demais veículos (Res. 667/17), há, taxativamente, dispositivo que proíbe a instalação de dispositivo ou equipamento adicional luminoso não previsto no sistema de sinalização e iluminação veicular. (§ 6° do art. 2°). 

Ora, se para os demais veículos há proibição taxativa e, por outro lado, nas normas que tratam do sistema de iluminação das motocicletas, não há, significa que é permitido. O que a lei não proíbe, é permitido!

Portanto, acreditamos que a inclusão (instalação) de faróis auxiliares, em motocicletas, estão permitidos. Desde que não sejam a gás nem tampouco modifiquem o sistema de iluminação/sinalização original. Por exemplo, trocar a lâmpada do farol original. 

Finalmente, lei é para ser cumprida. Gostemos ou não delas. Sem esquecer que muitos motociclistas exigem o cumprimento das leis por parte dos motoristas. Dar seta, por exemplo, é a mais comum...

Assim se você alterou as características originais da sua moto, trate logo de regularizar estas modificações no documento de porte obrigatório, caso contrário, ficará sujeito às penalidades previstas no CTB. 

Quanto aos faróis auxiliares, caso seja multado, faço o recurso gratuitamente para você!

Porém, se instalou "seca-sovaco"? Modificou ou alterou o sistema de iluminação/sinalização? Trocou o retrovisor por um em forma de guitarra (KM ✌🏽) ou outro? Alterou a suspensão? Modificou a fixação dos bancos? Se liga!! 👀👀👀 Cumpra a Lei.

Dura lex sed lex. ✌🏽

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Legislação citada:


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Troca de pneus em longas viagens

O pneu é um dos principais (senão o principal) equipamento de segurança da moto. Com ele não se deve economizar, nunca!!! E jamais deixar ficar 'careca' para substituí-los. Eu troco sempre antes da marca TDI. 

Antes de mais nada, é necessário sair com pneus que durem até a próxima troca, que deve ser, muito bem calculada onde será feita, e com uma certa folga!! Lembrem-se: imprevistos acontecem. 

Pois bem. Pela segunda vez tive que trocar os pneus no meio de uma viagem, fora do Brasil. Novamente planejada. A primeira foi na viagem para o Alaska, quando troquei em Portland, uns 5.000km antes da hora. Será que em Fairbanks teria o pneu? E as chuvas que pegaria no caminho? Valeria a pena correr este risco com um pneu já no final da vida útil? Claro que não. Por isso troquei antes. 

Agora, na viagem pelo Peru, troquei, em Lima, um par de pneus que ainda rodaria uns 3.000km, tranquilamente. Já rodei 10.000km com este par de Tourance, do qual nada tenho a reclamar. Nada. Muito bons. Tanto no asfalto quanto nas estradas não pavimentadas. Na chuva também. 
Pneu traseiro e dianteiro
Explico porquê troquei. Primeiro, o roteiro foi planejado de forma a fazer a revisão e a troca dos pneus em Lima! Segundo, ainda tenho pela frente uns 6.000km até chegar em casa (Atacama no caminho...??). Com certeza teria que trocá-los antes de sair do Peru ou imediatamente após.

Se aqui na capital peruana foi difícil encontrar um par adequado de pneus para meu tipo de uso da moto, imaginem no interior do país... Mesmo do Chile ou da Bolívia (ainda não decidi por onde voltarei). 

E tem mais: quanto mais próximo da troca, maior a possibilidade de furos (na semana passada o traseiro furou - coisa rara). E, se chover, aumenta o risco. Como não corro riscos desnecessários, realizei a troca antes do necessário.  

Adquiri um par de Anakee 3, por 900 reais. Bem mais barato que no Brasil. 

Se rodar 12.000km com eles, o custo por km será de R$ 0,075. Muito pouco. Só para comparar: o meu custo de gasolina por km situa-se na faixa de R$ 0,20. Mais de 2,5 vezes o custo com pneus!! 

Repito: besteira economizar em itens de segurança!! Em pneus, principalmente. Já vi gente experiente e até instrutor de cursos de motociclistas colocando pneu de carro na moto. É o cúmulo da ignorância. Já vi também muitos levarem pneus do Brasil. Sinceramente, viajar 20 dias (ou mais) com dois pneus amarrados na moto, é outra maluquice. Mas, enfim. Cada um faz como achar melhor. 

Portanto, os 3.000km que ainda daria para rodar com o par de Tourance representam R$ 225,00. Duas diárias de hotel. Ou três dias de gasolina. É muito pouco, considerando-se os custos de uma longa viagem. 

Finalmente, com pneus novos, vou concluir a viagem sem me preocupar com pneus. Seja na terra, no rípio, no asfalto e pode vir a chuva que vier. A moto estará bem calçada!! E eu, bem tranquilo!!

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Quanto custa e como conseguir dinheiro para viajar de moto

Para viajar é necessário, entre outras coisas, dinheiro. Disto não há a menor dúvida. Pouco que seja, mas é indispensável. Sem dinheiro, não se sai do lugar, não é mesmo? Gasta-se com a moto, com você e com um monte daquelas outras coisas. 

Tentarei, neste post, detalhar os gastos e as maneiras de custear uma viagem de moto. Vale para carro também. 
Carretera no Peru - Ayacucho
CUSTOS COM A MOTO:

Tem custos que são inevitáveis. Combustível, por exemplo. Sem ele, a moto não funciona. Os Lubrificantes também são indispensáveis. Tá bom, para estes tem como encontrar aquele mais barato, não recomendado pelo fabricante. Mas funciona... Quanto àquele (gasolina), não tem jeito. É custo obrigatório. Não tem como pedir descontos ao frentista. No máximo pode abastecer num posto sem bandeira. Mas não é recomendável que se faça isto no Brasil.

Outros custos, agora com a manutenção, podem ser reduzidos. Por exemplo, com algumas peças. Dependendo de qual seja, pode ser substituída por outras, não originais. Em certos casos não é aconselhável, mas faz a moto sair do lugar. Isto é o que importa, não é? Mas tem que ter cuidado com peças xing ling... Pode estragar a viagem.

Quanto à mão de obra, também pode se reduzir fazendo os serviços em oficinas alternativas ou até quase eliminar, caso o motociclista saiba fazer a manutenção de sua moto. O que gera uma economia razoável. Mas quem sabe fazer isto é exceção, certo? E, mesmo assim, há serviços que só em oficina é possível fazer. Portanto, há custos com manutenção. 

CUSTOS COM O PILOTO:

Primeiro, em relação à alimentação, é possível economizar uns trocados. Afinal, em quase todo lugar tem restaurante para todos os gostos e bolsos. Mas neste quesito, é necessário tomar muito cuidado, porque a economia pode sair caro (remédios, tempo perdido, risco de infecções, etc.). Se não tem como economizar no combustível da moto, por que economizar, em demasia, com nosso combustível (alimentação), a ponto de nos causar problemas de saúde! Quanto à água, mesmo procedimento, até com mais cautela. Problemas de saúde podem prejudicar e até interromper a viagem.

Hospedagem: Também é possível economizar, e muito, neste quesito. Na maioria dos lugares há hotéis, hosteis, pousadas, igrejas, casa de conhecidos (a irmandade... - muitos são membros de motoclubes para filarem uma estadia!), postos de gasolina e beira de rios ou de rodovias (para acampar), etc. Cada um tem um jeito. Mas não é em todo lugar que é possível evitar gastos com acomodações. 

OUTROS CUSTOS:

Há inúmeras outras despesas, tais como pedágios, passeios e entradas em atrações turísticas, documentação, equipamentos diversos (barracas, spots, máquinas fotográficas, etc.), eventuais transporte da moto (balsas, aviões, guinchos para evitar uma situação crítica), vestuário, seguros diversos, impostos, etc. Mas são despesas mínimas e nem sempre necessárias. Mas devem ser contabilizadas, se for o caso. 

Por fim, há também a depreciação da moto. Item bastante desprezado pela maioria. Afinal, quanto mais se usa, mais desvaloriza. Por experiência própria, uma moto (ou qualquer veículo) perde, em média, 8% de seu valor, por ano! Uma moto que custe R$ 60.000,00, a cada ano desvaloriza, R$ 4.800,00. Ou seja, R$ 400,00 por mês, o que dá aproximadamente R$ 13,00 por dia! São custos, certo? Afinal, após um certo tempo você terá que trocar de moto. Levamos em consideração uma utilização da moto por cinco anos. Depois destes cinco anos, se consegue R$ 36.000,00 na moto, cuja nova custa R$ 60.000,00!

Em relação aos custos com a moto, depende tão somente da quilometragem percorrida

Quanto aos custos com o piloto e depreciação da moto, a relação de dependência é com os dias de viagem. Quanto aos outros custos, dependem, em grande parte, dos destinos.

Perguntas que se deve fazer, para calcular o custo de uma viagem: 
1. Quantos quilômetros irei percorrer, em toda viagem?
2. Quanto minha moto (ou qualquer outro veículo) consome de combustível por km rodado?
3. Qual o preço médio do combustível?
4. Qual é o gasto com manutenção, por km rodado (incluindo peças, mão de obra, pneus, rolamentos, etc.)? 
5. Qual a duração, em dias, da minha viagem?

Com as respostas a estas perguntas, poderemos fazer uma previsão inicial do custo total da viagem.

Por exemplo: 
Uma moto que faça média de 18km[1] com um litro de gasolina, o que é o consumo da maioria. O valor médio do combustível é por volta de R$ 3,80 (sempre bom colocar um pouco acima!). Portanto, R$ 0,21/km.

A cada 10.000km, em média, se faz revisão na moto e cada uma custa, em concessionária, por volta de R$ 2.600,00, incluindo os itens que não são substituídos em todas revisões, tais como pneus, bateria, discos, rolamentos  e pastilhas, por exemplo. Com certeza, alguns custos não são gastos durante a viagem, mas são custos que devem ser considerados.

Ou seja, neste exemplo, gasta-se R$ 0,21 (3,80/18), com combustíveis e R$ 0,26 (2.600,00/10.000) com manutenção, por km rodado, considerando revisão feita em concessionária. Ou, seja, R$ 0,47 por km rodado, com a moto, fora os imprevistos! Este custo, com manutenção, como dito acima, pode ser bastante reduzido. Mas não deixe de contabilizar os custos com pneus, baterias, rolamentos, etc., que não se troca em toda revisão. Pneus e discos de embreagem ou de freio são caros!!

Portanto, numa viagem de 15.000km, é possível prever um gasto, com a moto, de, aproximadamente, R$ 7.050,00, excetuando-se os imprevistos (15.000 x 0,47). Se utilizar uma moto mais econômica, que faça 30km/l, por exemplo, o custo com combustíveis seria de R$ 0,13 por km rodado (R$ 3,80/30). Numa viagem de 15.000km, gasta-se R$ 1.950,00, só com gasolina

Com manutenção, cada um tem um custo diferente. Mas contabilize os itens que troca de vez em quando. Calcule aí o gasto que você tem com manutenção (incluindo, pneus, baterias e outros itens que não são substituídos em todas elas) e divida pela quilometragem de revisão ou troca, para saber o custo por km.

Com alimentação e hospedagem, que dependem do número de dias que durará a viagem, a conta é um pouco mais complicada. Depende muito dos destinos diários, da idade do piloto, do apetite, da grana disponível, etc.. A maioria, eu incluso, pernoita em hotéis com boa localização, que tenha estacionamento, internet, chuveiro bom, cama confortável, café da manhã e restaurante nas proximidades.

Ceviche a 30 reais e frango assado com fritas, a 14 reais, no Peru. Lima e Huánuco. 


Algumas vezes emcontramos bons hotéis a R$ 40,00 e noutras, o custo é de R$ 180,00 ou mais. Mas é possível pagar até R$ 20,00 por pernoite, a depender do local. Consideremos o custo médio com hospedagem, no valor de R$ 120,00.

Pensão a 20 reais em Serra da Saudade, Minas Gerais, e hotel a 150 reais em Huánuco, Peru:


Alimentação também depende muito dos destinos. Mas, em média, gasta-se por volta de R$ 40,00/dia (lanches e jantar ou almoço). Na mesma viagem (15.000km), com duração de 30 dias, a previsão de gastos nestes dois quesitos (hospedagem e alimentação) é de R$ 4.800,00. Menos do que o gasto com a moto!

E, ainda, temos uma despesa oculta de aproximadamente, R$ 390,00 com a depreciação da moto... (30 dias x 13,00). Mixaria né? Mas tem que contabilizar. 

Totais: Moto: R$ 7.050,00; piloto: R$ 4.800,00. Depreciação: 390,00. Sub-total: R$ 12.240,00. Que não são, necessariamente, gastos durante a viagem. Pode ser antes ou depois.

Quanto aos demais itens (passeios, documentação, pedágios, etc.), gasta-se muito pouco. Não compensa nem Individualizá-los. Mas faça uma reserva, algo como 15% do custo total (moto e piloto). Ou seja, no nosso exemplo, R$ 1.836,00. 

Total previsto para uma viagem de 15.000km e 30 dias, preveja um gasto de R$ 14.076,00. Estamos nos referindo a uma viagem prazeirosa, não penitente... De sacrifícios. Estas são raras. 

Se tiver acompanhante, o custo extra será com alimentação, principalmente. Se for o caso, contabilize este acréscimo. 

Feita a previsão de gastos, a pergunta que se faz é a seguinte: Como conseguir dinheiro para realizar a viagem?

Há várias maneiras:

1. Você trabalha, ou é aposentado, ou já trabalhou muito e ganha (ou ganhou) razoavelmente bem. Ou tem pai rico, ou ganhou na mega sena, sei lá... Aí não é problema, certo? Tem até uma boa (?) e cara moto, tempo e dinheiro disponíveis. Vai pra onde você quiser, certo?

2. Você trabalha mas ainda não tem uma boa remuneração. Mas mesmo assim viaja, economizando no que for possível. Claro que há limitações, neste caso. Com destinos, alimentação e hospedagem, principalmente.

3. Não trabalha nem tem qualquer rendimento. Mas quer viajar. Neste caso, vende o pouco que tem ou procura patrocínios, o que a minoria consegue! E sai por aí, às vezes, mendigando hospedagem e alimentação. 

Na primeira maneira, às vezes nem é necessário prever custos. Vai e pronto. Gasta-se o que for necessário e até com o que não for.

Já na segunda e terceira maneiras (principalmente nesta), pode fazer o seguinte:

Junte um pouco de dinheiro ou venda alguma coisa, ou faça um empréstimo, sei lá.., e faça uma pequena viagem, de preferência uma que desperte o interesse de muitos. Geralmente uma daquelas viagens que poucos tem coragem de fazer. Principalmente, em vias não pavimentadas. A galera adora! Depois, escreva um livro ou faça um DVD com vídeos e fotos destas viagens, venda e consiga dinheiro para as próximas. 

Só não esqueça de uma coisa: se ficar juntando dinheiro para viajar, por muito tempo, você corre o risco de morrer antes. 😉

Quanto mais você viaja e produz livros ou documentários, mais grana você vai acumulando, até ser possível viajar para qualquer destino. E até, quem sabe, parar de trabalhar e viver de suas viagens! Mas não esqueça: Viaje sempre para aqueles destinos que despertam muito interesse. Senão a fonte seca!

Uma outra forma é trabalhar durante a viagem (o que quase ninguém quer...). Nos destinos turísticos sempre se consegue uma ocupação, por uma semana ou um mês. Com o dinheiro que consegue, prossiga a viagem. Mas não descarte a produção dos livros e documentários, afinal, haverá muita história a ser contada. Os perrengues são sempre interessantes...

Tem também a famosa vaquinha... Arrume uma desculpa qualquer para pedir dinheiro para os incautos motociclistas que acreditam em tudo... Há várias histórias relatadas na internet. Eu conheço um que fez vaquinha para comprar uma máquina fotográfica... Tem até site especializado para pedir dinheiro para os outros. E o que não falta é gente generosa, não é mesmo? Aquela irmandade... Ou incauto, sei lá. 

Você pode também virar agente de mototurismo em duas rodas e guiar motociclistas que não sabem ou não querem planejar uma viagem ou viajar sem um comandante. Tem muitos por aí que precisam disto. 

Ah... tem como faturar uns trocados dando palestras também... Montadoras tem investido nisto, como forma de ajudar vender seus produtos. Nem precisa ter muita experiência...

Por último, pelo menos neste post, há os patrocínios. Se sua viagem for realmente interessante, para algum segmento comercial ou científico, é possível conseguir, dependendo da sua lábia e do grau de relacionamento com as empresas ou entidades. Conheço quem está viajando há três anos à custa de patrocínios, com pouquíssimo recurso próprio. 

Finalmente, viaje!!! Não importa a maneira. Viajar é descobrir e se descobrir. Ler livros e assistir documentários não te leva a nenhum lugar. É como ficar acelerando sua moto sem sair do lugar. A famosa zueira.

E zueira, estamos fora, não é o que se diz?

PS: tudo o que está escrito é baseado em minha experiência própria.... Há controvérsias, claro!!

PS2: ainda vou publicar um livro e uns documentários... mas só depois que parar de viajar. Viajar toma muito meu tempo!

PS3: qualquer semelhança com personagens reais é mera coincidência. 



[1] Para calcular a média de consumo de sua moto, encha bem o tanque e anote a quilometragem no momento. Percorra 100km e encha o tanque novamente, até o mesmo nível do abastecimento anterior. Divida 100 pela quantidade de litros que coube. O resultado é a média de consumo.